AUTORES DE 2015, 2016, 2017 ,2018,2019

AUTORES DE 2019


Romain Gary (1914-1980)
Romancista, piloto da Segunda Guerra Mundial, diretor de cinema e diplomata francês.
Foi o único escritor a receber duas vezes o Prémio Goncourt, em 1956 e 1975.




   Uma vida à sua frente
 
É narrado por Mohammed, um rapaz árabe de 14 anos, órfão, que vive no bairro pobre de Belleville com Madame Rosa, prostituta reformada e sobrevivente de Auschwitz. Publicado em 1975, o livro teve êxito imediato: vendeu milhões de exemplares em todo o mundo, foi traduzido em mais de vinte línguas e adaptado para o cinema num filme com Simone Signoret. Nesse mesmo ano, recebeu o Prémio Goncourt.

          Romain Gary na Biblioteca













500 anos da Viagem de
Circum-navegação
 
Mais do que celebrar a efeméride, o programa das comemorações deve valorizar o contributo da primeira viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães para a primeira visão integral/global do mundo (…). Salienta-se a necessidade de considerar ações que promovam o cruzamento disciplinar (…).” In: Resolução do Conselho de Ministros, (nº 52/2018, pág 1806)
«Magalhães é um enigma. É um dos maiores exploradores de todos os tempos, revolucionou a navegação mundial, e no entanto ninguém conhece a sua vida. Para alcançar o seu fim, Magalhães terá de renunciar a tudo: aos seus ideais, ao seu amor de juventude e à sua pátria. Uma vez que os seus méritos não foram reconhecidos em Portugal, oferece o seu projecto a Espanha. Terá de lutar durante meses sozinho, contra todos, para finalmente conseguir uma armada com navios de ocasião, comandados por comandantes hostis. Terá de afrontar mares desconhecidos, tempestades terríveis, motins e traições...
Tem apenas uma paixão, um último sonho O seu sonho era o horizonte! Ir mais além do que alguma vez alguém tinha ido…»
   

De Lisboa às Filipinas, da Micronésia à Patagónia, de África à Insulíndia, Gonçalo Cadilhe construiu uma biografia itinerante do primeiro europeu a chegar ao Pacífico e reconstruiu a viagem realizada há 500 anos, a primeira à volta do globo. Nos Passos de Magalhães é a história de lugares mágicos contada pelos olhos de um viajante moderno.




 
VER ainda:


Maria Alberta Meneres (1930-2019)
jornalista, poetisa e escritora
Maria Alberta Rovisco Garcia Menéres nasceu em Vila Nova de Gaia, em 25 de agosto de 1930. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e foi professora do Ensino Técnico, Preparatório e Secundário, nas disciplinas de Língua Portuguesa e História, de 1965 a 1973.
Autora de mais de 100 livros infanto-juvenis, encontram-se entre as suas principais obras “Ulisses”, editada pela primeira vez em 1970, que conta já 45 edições e da qual vendeu mais de um milhão de exemplares. 
Dirigiu, durante mais de uma década, o Departamento de Programas Infantis e Juvenis da RTP.
Em 1960, recebeu o prémio internacional Giacomo Leopardi e em 1986 o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens, pela sua obra literária. Em 1990 foi nomeada Provedora da Justiça das Crianças e, mais recentemente, em 2010 foi agraciada com o grau de comendadora da Ordem de Mérito.


Comemoração do Centenário de Fernando Namora

Nasceu em Condeixa-a-Nova a 15 de Abril de 1919 e faleceu em Lisboa, a 31 de Janeiro de 1989.
Médico e escritor, autor duma extensa obra, das mais divulgadas e traduzidas nos anos 70 e 80. Existe uma escola secundária com o seu nome em Condeixa-a-Nova.
Fernando Namora
 na Biblioteca


















5 de maio - Celebrar o Dia da Mãe

"Ser mãe – mãe ser” seleção de Paula Mateus, aguarelas e desenhos de Paulo Ossião, reúne poemas de 38 autores de língua portuguesa, desde o final do sec. XIX aos nossos dias.


Pensar o Projeto Europeu:
9 de maio – Dia da Europa
26 de maio – Eleições para o Parlamento Europeu

Centenários
Sophia de Mello Breyner Andresen

Nascida no Porto a 6 de novembro de 1919, foi condecorada três vezes pela República Portuguesa e recebeu 13 distinções literárias. O Prémio Rainha Sofia de Espanha, em 2003, foi o último que a autora recebeu em vida. Foi ainda a primeira mulher portuguesa a receber o prémio mais importante da nossa língua, o Prémio Camões, atribuído em 1999 e a única mulher escritora com honras de Panteão Nacional.
Falecimento: 2 de julho de 2004, Lisboa


Edições especiais:
Sophia
Isabel Nery. Porto: Esfera dos Livros, 2019

Jorge de Sena
Considerado hoje um dos grandes poetas de língua portuguesa e uma das figuras centrais da cultura do século XX, nasceu em Lisboa a 2 de Novembro de 1919 e morreu em Santa Barbara, na Califórnia, a 4 de Junho de 1978.
Poeta, crítico, ensaísta, ficcionista, dramaturgo, tradutor e professor universitário, naturalizou-se brasileiro em 1963, durante o seu exílio no Brasil, que durou de 1959 a 1965, ano em que se mudou para os Estados Unidos, para fugir à ditadura militar entretanto instalada no Brasil.
Formou-se em engenharia civil, mas a sua inclinação natural para a literatura levou-o, durante o curso, a escrever poemas, artigos, ensaios e cartas, prática que, aliás, começou aos 16 anos.

Edições especiais:
Lançamento do número 200 da revista Colóquio/Letras, da Fundação Calouste Gulbenkian.
 O Essencial Sobre Jorge de Sena (ed. revista e aumentada)
Jorge Fazenda Lourenço. IN-CM, 2019.

Fernando Namora
Nasceu a15 de Abril de 1919 e faleceu em Lisboa, a 31 de Janeiro de 1989. Foi médico e escritor, autor duma extensa obra, das mais divulgadas e traduzidas nos anos 70 e 80.
Licenciado em Medicina (1942 - FMUC), pertenceu à geração de 40, grupo literário que reuniu personalidades marcantes como Carlos de Oliveira, Mário Dionísio, Joaquim Namorado ou João José Cochofel.
Namora foi um escritor dotado de uma profunda capacidade de análise psicológica, inseparável de uma grande sensibilidade e linguagem poética.

Edições especiais:
Em Condexa-a-Nova, na Casa Museu Fernando Namora foi inaugurado um painel de azulejos alusivo ao Centenário e apresentada a exposição “Fernando Namora: Itinerário duma Vida, Geografia duma Obra”.


50 anos de vida literária
Mário Cláudio

Pseudónimo literário de Rui Manuel Pinto Barbot Costa, nasceu a 6 de Novembro de 1941, no seio de uma família da média-alta burguesia industrial portuense fortemente ligada à História da cidade nos últimos três séculos. A História, a Cultura, a Pátria, a Identidade Nacional e Pessoal são o coração das aturadas pesquisas do escritor Mário Cláudio, de que resultam obras que correspondem à preocupação de revisitar episódios marcantes da cultura portuguesa.
Foi condecorado com a Ordem de Santiago de Espada e, em 2004, recebeu o Prémio Pessoa.

Edições especiais:
Nos 50 anos de vida literária, Mário Cláudio publicou "Tríptico da Salvação" e admite que, apesar de ter percorrido vários estilos, é no romance que se sente mais completo.

António Lobo Antunes - 40 anos de vida literária
António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1942. Estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e especializou-se em Psiquiatria. Em 1970 foi mobilizado para o serviço militar. Embarcou para Angola no ano seguinte, tendo regressado em 1973. Em 1979 publicou os seus primeiros livros, Memória de Elefante e Os Cus de Judas, seguindo-se, em 1980, Conhecimento do Inferno. Estes primeiros livros transformaram-no imediatamente num dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos no âmbito nacional e internacional. Todo o seu trabalho literário tem sido, ao longo dos anos, objeto dos mais diversos estudos, e dos mais importantes prémios, nacionais e internacionais, entre os quais se contam o Prémio Juan Rulfo, 2008, Prémio Camões, 2007, Prémio Jerusalém, 2005, Prémio Ovidio, 2003 e Prémio Europeu de Literatura, 2001. http://ensina.rtp.pt/artigo/pequena-biografia-de-antonio-lobo-antunes/
LOBO ANTUNES na biblioteca

Afonso Reis Cabral vence o Prémio Literário José Saramago de 2019

o Reis Cabral é o grande vencedor da 11.ª edição do Prémio Literário José Saramago. O escritor português, de 29 anos, foi distinguido pelo romance "Pão de Açúcar" (2018), baseado no caso da transexual Gisberta, assassinada por um grupo de adolescentes, em 2006, no Porto.
Licenciado em Estudos Portugueses e Lusófonos, Afonso Reis Cabral publicou a primeira obra aos 15 anos, o livro de poesia "Condensação". Em 2014, venceu o prémio LeYa com o primeiro romance, "O Meu Irmão", cujo protagonista fica com a custódia do irmão Miguel, com síndrome de Down, depois da morte dos pais.
Em 2017, foi-lhe atribuído o Prémio Europa David Mourão-Ferreira na categoria de Promessa, e, em 2018, o Prémio Novos na categoria de Literatura.
Trineto de Eça de Queiroz, estreou-se recentemente na literatura de viagens com o livro "Leva-me Contigo", um relato pessoal da viagem que fez a pé, entre abril e maio deste ano, ao longo da mítica Estrada Nacional 2.          
  
Após um ano sem Prémio Nobel da Literatura, a Academia Sueca anunciou os vendedores das edições 2018 e 2019: Olga Tokarczuk


Isabel Rio Novo


Nasceu no Porto em 1972. Doutorada em literatura comparada, é docente no ensino superior de Escrita Criativa e outras disciplinas nas áreas da literatura e do cinema. Autora de várias publicações no âmbito dos estudos intermédia, das literaturas portuguesa e francesa e da teorização literária, integrou o júri de vários prémios literários e de fotografia. Em 2004, escreveu a novela O Diabo Tranquilo, em colaboração com o poeta Daniel Maia-Pinto Rodrigues. Em 2005, viu o romance A Caridade distinguido com o Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes. Em 2014, publicou o volume de contos Histórias com Santos. O romance Rio do Esquecimento foi finalista do Prémio LeYa 2016, assim como o livro A Febre das Almas Sensíveis, publicado pela Dom Quixote, em fevereiro de 2018.

O Poço e a Estrada – Biografia de Agustina Bessa-Luís, publicado pela Contraponto em fevereiro de 2019, é a sua obra mais recente.


Isabel Nery


A curiosidade pelo outro levou-a a estudar na Alemanha ainda adolescente, e mais tarde em Espanha e nos EUA. A mesma curiosidade levou-a até ao jornalismo, amor à primeira vista, depois da licenciatura em Relações Internacionais e do mestrado em Comunicação.
Isabel Nery é jornalista na revista VISÃO e coordena um núcleo de Jornalismo e Literatura no Clepul, centro de investigação da Faculdade de Letras. O seu livro de reportagem As Prisioneiras - Mães Atrás das Grades, foi adaptado para a curta-metragem Os Prisioneiros, e a reportagem Vida Interrompida percorreu o país em exposição itinerante (em co-autoria com Marcos Borga). O trabalho de Isabel Nery foi já distinguido com vários prémios, entre eles o Prémio Mulher Reportagem Maria Lamas, o Prémio Jornalismo pela Tolerância, o Prémio Paridade Mulheres e Homens na Comunicação Social, e o Prémio Jornalismo e Integração, da UNESCO. Enquanto investigadora, publicou ensaio e apresentou comunicações em várias instituições portuguesas e estrangeiras, nomeadamente nos EUA e Canadá. Faz parte da direção do Sindicato dos Jornalistas desde Janeiro de 2015.

 Isabel Nery estreou-se no género Biografia com o livro Sophia de Mello Breyner Andresen (2019).



Michael Ende 



Quarenta anos após a sua publicação, a magia de Momo continua intacta. É a história de Momo, a menina de origens misteriosas que vive numas ruínas nos arredores de uma grande cidade. Não tem nada de seu, mas tem uma qualidade muito rara - sabe ouvir e trazer poesia e afeto às vidas daqueles que a rodeiam. Um dia, chega à cidade o exército dos senhores cinzentos, com a intenção de roubar o tempo às pessoas. A vida torna-se estéril e sem alegria, e só Momo pode salvar a população da cidade e devolver-lhe o tempo roubado. Para isso conta apenas com a ajuda de Mestre Hora e de Cassiopeia, a tartaruga que comunica escrevendo mensagens na carapaça... 

Numa sociedade imaginada, o materialismo controla todos os aspetos das vidas dos seus habitantes. Todas as pessoas têm números em vez de nomes, todos os alimentos são medidos com total exatidão e até os afetos são contabilizados ao grama. E, nesta sociedade, as famílias têm artistas em vez de animais de estimação. A protagonista desta história escolheu ter um poeta e um poeta não sai caro nem suja muito – como acontece com os pintores ou os escultores – mas pode transformar muita coisa. A vida desta menina nunca mais será igual...Uma história sobre a importância da Poesia, da Criatividade e da Cultura nas nossas vidas, celebrando a beleza das ideias e das ações desinteressadas.



Autores 2018

Joel Cleto
(Porto, 1965)
Arqueólogo, Historiador e divulgador da História e Património. Entre outras atividades, é apresentador do programa “Caminhos da História” um programa do Porto Canal


Lendas do Porto
volumes 1 e 2
Uma viagem pela História e Património da região do Porto a pretexto de mais de quatro dezenas de lendas.
Episódios fabulosos, transmitidos durante séculos através da oralidade, as lendas não deixam de encerrar pistas preciosas (por vezes as únicas que chegaram aos nossos dias) para a compreensão de muitos episódios históricos e para a génese de muitas localidades e seus monumentos.


Kazuo Ishiguro
(Japão,1954, vive no Reino Unido desde  1959)
Prémio Nobel de Literatura 2017

Em Nocturnos, Kazuo Ishiguro explora os temas do amor, da música e da passagem do tempoTerno, íntimo e cheio de humor, este quinteto de histórias é marcado por um motivo recorrente: o esforço para preservar o sentido do romance na vida. É um livro para quem se recusa a perder a esperança e teima em ver o lado positivo de tudo o que de bom e mau sucede. Lições de vida e a vida em lições de mestria narrativa.


Aldo Leopold
(EUA, 1887-1948)
O mais debatido clássico da Ecologia e da Natureza e uma das obras mais importantes de sempre no domínio da ecologia e da natureza.
Com centenas de milhares de exemplares em várias línguas divulgados universalmente, A Sand County Almanac, de Aldo Lleopold, é hoje o clássico da natureza e da ecologia mais debatido em todo o mundo.

Em língua portuguesa, Pensar Como Uma Montanha, adota uma expressão do próprio A. Leopold, na qual ele aponta para a necessidade de superar o ponto de vista estreitamente antropocêntrico e de ter sempre em conta o longo e o longuíssimo prazo, se se quer evitar a destruição acelerada da natureza, e da humanidade com ela.   
        
Concurso Nacional de Leitura
1ª FASE

Eliminatória de Escola –      de janeiro 
Obras Escolhidas – Ensino Básico:
 José Gomes Ferreira  Aventuras de João Sem Medo
Gao Xingjian   Conto «Uma cana de pesca para o meu avô
Obras Escolhidas – Ensino Secundário:
Giuseppe Tomasi di Lampedusa  - O Leopardo
 Ilse Losa - Conto «Encontro no outono», in coletânea Caminhos sem Destino



RICHARD ZIMLER, natural dos Estados Unidos, nasceu em 1956. Fez um bacharelato em religião comparada na Duke University (1977) e um mestrado em jornalismo na Stanford University (1982). Trabalhou como jornalista durante oito anos, principalmente na região de S. Francisco. Em 1990, veio viver para o Porto, onde foi professor de jornalismo durante 16 anos, primeiro na Escola Superior de Jornalismo e depois na Universidade do Porto. Nos últimos 19 anos, publicou 10 romances, uma colectânea de contos e dois livros infantis, que depressa entraram nas listas de bestsellers de vários países (Portugal, Brasil, EUA, Inglaterra, Itália, etc...).
Richard Zimler, há 27 anos residente no Porto, recebeu a 9 de julho de 2017, a Medalha Municipal de Honra da Cidade do Porto.



Livro recomendado para o Ensino
Secundário como sugestão de leitura LER +     
A vida de Teresa muda radicalmente quando os pais deixam Lisboa para irem viver em Nova Iorque. Não estando preparada para a vida na América, com dificuldade para se exprimir em inglês, Teresa encontra refúgio no seu particular sentido de humor e no único amigo, Angel, um rapaz brasileiro de 16 anos, bonito, mas desastrado, que adora John Lennon e a sua música. Mas o mundo de Teresa desmorona-se completamente quando o pai morre e a deixa, a ela e ao irmão mais novo, com uma mãe negligente e consumista. Os problemas de Teresa confluem para um clímax de desespero no dia 8 de Dezembro de 2009 - aniversário da morte de John Lennon, Nesse dia, um terrível acontecimento que nunca poderia ter previsto devolve-a à vida e ao amor.

Richard Zimler na Biblioteca ESAS

 






Ilse Losa (1913 -2006)

De origem alemã e ascendência judaica, Ilse Lieblich Losa nasceu em 1913, em Bauer, cidade próxima de Hanover. Frequentou o liceu em Osnabrük e Hildesheim e o Instituto Comercial em Hanover. Ao regressar à Alemanha, após um período em Londres tomando conta de crianças, vê-se obrigada a abandonar o país, dada a sua condição de judia. Escapa desse modo à perseguição nazi e, chegada a Portugal em 1934 (ano em que Hitler assume o poder na Alemanha), radica-se no Porto, casando com o arquiteto Arménio Losa e adquirindo a nacionalidade portuguesa.
Inicia, então, uma vasta obra escrita em português, a qual abrange romances inspirados na sua experiência de vida – como O Mundo em que Vivi1949, Rio sem Ponte, 1952, Sob Céus Estranhos, 1962 (vívido retrato, também, do Porto dos anos trinta e quarenta) –, além de contos, crónicas, trabalhos de índole pedagógica (Nós e a Criança, 1954) e sobretudo literatura para crianças. Traduziu para português autores alemães, colaborou em diversos jornais e revistas e foi também uma divulgadora da literatura portuguesa na Alemanha. Em 1984 recebeu o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra para crianças e, em 1998, o Grande Prémio de Crónica, da Associação Portuguesa de Escritores, pelo livro À Flor do Tempo (1997).
Ilse Losa contribuiu, com os seus contos, recontos de histórias tradicionais e peças de teatro para uma nova literatura portuguesa para crianças, enveredando muitas vezes por uma via «realista», de acentuada envolvência social. Imbuiu também a ficção de dilemas morais e espírito crítico, sonho e sentido de esperança, numa escrita coloquial e despojada. Uma escrita que se abriu também ao maravilhoso, ao humor (v. Bonifácio, 1980) e a uma fantasia de cunho onírico (Viagem com Wish, 1984), sem nunca se esquivar a temas «problemáticos» como a guerra, a perseguição política e a tortura. Veja-se, a este propósito, o conto «Apesar de tudo», de A Minha Melhor História, ou ainda Silka, que é difícil não ler como uma parábola focada na questão da intolerância étnica e como uma dolorida meditação sobre o destino do povo judeu.
Foi ainda pioneira no ensino da literatura para a infância no nosso país.
 A 9 de Junho de 1995 foi feita Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique.

«Denso, genuíno, sóbrio, forte, dramático, emocionante, numa palavra, singular, este romance de Ilse Losa é já um clássico da literatura infanto-juvenil portuguesa. Tendo como cenário a Alemanha de Hitler, esta é uma narrativa na primeira pessoa protagonizada por Rose, uma menina judia que conta as suas vivências familiares e religiosas, dando conta também de alguns dos momentos cruciais do seu crescimento. A densidade psicológica da heroína, em especial a sua força de viver, e o realismo descritivo que marca os cenários (em muitos momentos, pontuados por elementos de índole contextual/histórica), a par das reconhecíveis marcas de autobiografismo (romanceado), não deixam que o leitor abandone a leitura deste livro, publicado pela primeira vez em 1943. 
Sara Reis da Silva» Recensão Casa da Leitura


Ilse Losa na Biblioteca ESAS














































1. Luísa Costa Gomes (1954) nasceu em Lisboa. Licenciou-se em Filosofia e foi professora do ensino secundário, atividade que abandonou para se dedicar à escrita. É contista, romancista, dramaturga, dramaturgista, guionista, tradutora e cronista, bem como responsável pela revista “Ficções”, dedicada à divulgação do conto, quer de autores portugueses, quer de autores estrangeiros.
Em 1982, publicou a sua primeira obra, “ 13 Contos de Sobressalto”. Seguiram-se romances, contos e peças de teatro e livros infantis.
O seu primeiro romance, “O Pequeno Mundo”, ganhou o Prémio Dom Dinis, da Casa de Mateus e “Olhos Verdes”, o Prémio Máxima de Literatura. A coleção de contos, “Contos Outra Vez” ganhou o Grande Prémio de Conto da Associação Portuguesa de Escritores.
O romance vencedor do Prémio Literário Fernando Namora, “Ilusão (ou o que quiserem)” foi publicado em Outubro de 2009.
Venceu por unanimidade a edição de 2015 do Grande Prémio de Literatura com a obra “Cláudio e Constantino” que, segundo o júri, tem “um poder encantatório, fabular e problematizador”.


Para saber mais
Luísa Costa Gomes na Biblioteca ESAS



2. Teolinda Gersão recebeu vários prémios literários, entre os quais o Prémio Máxima de Literatura, o Prémio Fundação Inês de Castro e Prémio Literário Vergílio Ferreira 2017 pelo conjunto da sua obra.


A mulher que prendeu a chuva reúne 14 contos que partem da vida quotidiana mas que se abrem, insensivelmente, a outros mundos - oníricos, fantásticos, terríveis ou absurdos - que nem por isso deixam de nos pertencer e de ser o lugar onde habitamos. 




3. Rosa Montero nasceu em Madrid em 1951. Como jornalista, colabora em exclusivo com o jornal El País, tendo obtido, em 1980, o Prémio Nacional de Jornalismo e, em 2005, o Prémio da Associação da Imprensa de Madrid, por toda a sua vida profissional. Com A Louca da Casa recebeu o Prémio Grinzane Cavour de literatura estrangeira e o Prémio Qué Leer para o melhor livro espanhol, distinção que também foi atribuída, em 2006, a História do Rei TransparenteA Ridícula Ideia de Não Voltar a Ver-te viria a ganhar o Prémio da Crítica de Madrid 2014.

Recebeu, já em 2017, e pelo conjunto da sua obra, o Prémio Nacional das Letras Espanholas, galardão que o júri fundamentou com a «sua longa trajetória no romance, jornalismo e ensaio». 






4. Carmen Posadas nasceu em Montevideu (Uruguai) em 1953. Com uma trajetória de mais de vinte anos, depois de, em 1985, ter publicado Manual del Perfecto Arribista, escreveu ensaios, guiões para o cinema e televisão, livros juvenis e vários romances: Cinco Moscas Azuis (1996); Nada É o Que Parece (1997); Pequenas Infâmias (Prémio Planeta, 1998); A Bela Otero (2001); O Bom Servidor (2003); e Brincadeira de Crianças (2006).

É uma das autoras contemporâneas que melhor soube ganhar o aplauso da crítica e dos leitores. Os seus livros encontram-se traduzidos em vinte e uma línguas e foram publicados em mais de quarenta países.
Em 2002 a revista Newsweek considerou Carmen Posadas como «uma das autoras latino-americanas mais destacadas da sua geração».



UM LIVRO UM FILME


A MINHA BREVE HISTÓRIA
 de STEPHEN HAWKING
Autobiografia de um dos mais brilhantes cientistas do nosso tempo


STEPHEN HAWKING (1942-2018) foi considerado o físico teórico mais brilhante desde Einstein. Autor de vários livros e inúmeros artigos científicos, ocupou a cátedra, outrora atribuída a Isaac Newton, de Professor Lucasiano na Universidade de Cambridge. A divulgação da ciência constituiu desde sempre uma das suas maiores preocupações. A Gradiva tem publicados os seus livros Breve História do Tempo, O Fim da Física, Breve História do Tempo Ilustrada, O Universo numa Casca de Noz, A Teoria de Tudo – A Origem e o Destino do Universo e A Minha Breve História, e ainda, em co-autoria com Leonard Mlodinow, Brevíssima História do Tempo e O Grande Desígnio, e, em co-autoria com Roger Penrose, A Natureza do Espaço e do Tempo.



OUTROS LIVROS de STEPHAN HAWKING na BIBLIOTECA
E FILMES

OBRAS SELECIONADAS PARA A FASE CONCELHIA DO PORTO:












Isabel Rio Novo
Isabel Rio Novo nasceu no Porto em 1972. Doutorada em literatura comparada, é docente no ensino superior de Escrita Criativa e outras disciplinas nas áreas da literatura e do cinema. Autora de várias publicações no âmbito dos estudos intermédia, das literaturas portuguesa e francesa e da teorização literária, já integrou o júri de vários prémios literários e de fotografia. Em 2004, escreveu a novela O Diabo Tranquilo, em colaboração com o poeta Daniel Maia-Pinto Rodrigues. Em 2005, viu o romance A Caridade distinguido com o Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes. Em 2014, publicou o volume de contos Histórias com Santos. O romance Rio do Esquecimento foi finalista do Prémio LeYa 2015, assim como o seu último livro A Febre das Almas Sensíveis, publicado pela Dom Quixote, em fevereiro de 2018.





Encontro com o escritor Richard Zimler
25 de maio, 14h30, no Auditório da ESAS


Encontro com a ilustradora  Leonor Zamit
 
Maio, em data a marcar.


LIVROS E FILMES
Uma hábil e inspirada parábola sobre o Chile e a sua agitada história ao longo do século XX,baseada no romance de Isabel Allende. A Casa dos Espíritos é uma adaptação ao cinema do celebrado romance da chilena Isabel Allende, com argumento e realização do dinamarquês Bille August. Contando com um grande elenco internacional, onde se contam os nomes de Jeremy Irons, Meryl Streep, Glenn Close, Winona Ryder e Antonio Banderas, A Casa dos Espíritos narra a acidentada e trágica história de uma família sul-americana ao longo por um período de 50 anos, marcada por uma fascinante dimensão fantástica e melodramática, cuja rodagem decorreu em grande parte em Portugal.

George Orwell
(pseudónimo literário de Eric Artur Blair
Mothiari, Índia 1902 - 1950)

O trabalho de Orwell culmina com “1984” (publicado em 1949) uma distopia onde retrata o mundo futuro dominado por um regime totalitário e pela mentira. “1984” é considerado como uma das obras da Social Science Fiction, uma ficção científica mais voltada para implicações humanas e sociais, junto com obras como “Admirável Mundo Novo” (1932) de Aldous Huxley que, inclusive, publicou, mais tarde (cerca de 25 anos depois) um ensaio intitulado “Regresso ao Admirável Mundo Novo” onde cita diversas vezes a obra “1984” de Orwell.

Por que é que devíamos estar todos a ler o 1984?
É hoje muito mais importante para ler nas democracias do que nas ditaduras, porque o que ele diz para as democracias, para a defesa das democracias das investidas autocráticas dos dias de hoje, cada vez o sabemos menos.”
José Pacheco Pereira, in Público de 22 de Setembro, 2018

José Saramago
20 anos com o Prémio Nobel
Cumprem-se a 10 de dezembro de 2018 vinte anos sobre a entrega do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago, o único escritor de língua portuguesa a quem, até agora, foi concedido o mais prestigiado de todos os galardões literários. Conforme na altura declarou o secretário da Academia Sueca, o Prémio Nobel assinalou, em José Saramago, a “capacidade de tornar compreensível uma realidade fugidia com parábolas sustentadas pela imaginação, pela compaixão e pela ironia”. A 10 de dezembro de 1998, José Saramago recebia em Estocolmo o Prémio Nobel da Literatura.”… 
 
O prémio foi anunciado a 8 de outubro de 1998.


Edições especiais:


José Saramago – Último Caderno de Lanzarote. Porto: Porto Editora. 2018



Anabela Mota Ribeiro – Por Saramago (entrevistas e reportagens). Temas e Debates, 2018



Ricardo Viel – Um País levantado em alegria. Porto: Porto Editora, 2018


 
Foi há 130 anos que José Maria Eça de Queirós lançou a primeira edição do famoso romance "Os Maias".

27 de julho de 1888 – data da 1ª publicação de “Os Maias”



In PÚBLICO

 OPINIÃO de Isabel Pires de Lima

Nunca leu Os Maias? Não sabe o que perde!








A 18 de Novembro de 2018, celebra-se o 75° aniversário do nascimento do Poeta Manuel António Pina, autor de uma das obras mais consistentes e imaginativas da literatura atual em língua portuguesa.

Foi galardoado com o Prémio Camões em 2011

Manuel António Pina foi ainda escolhido este ano para ser evocado em todas as bibliotecas escolares do Porto, no âmbito de um projecto de animação comum.

MANUEL ANTÓNIO PINA NA BIBLIOTECA


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 PEPETELA na biblioteca

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500 anos da Viagem
 de Circum-navegação


Magalhães: Até ao Fim do Mundo
De CHRISTIAN CLOT
Gradiva, 2018
 Prefácio:

«Magalhães é um enigma. É um dos maiores exploradores de todos os tempos, revolucionou a navegação mundial, e no entanto ninguém conhece a sua vida. Para alcançar o seu fim, Magalhães terá de renunciar a tudo: aos seus ideais, ao seu amor de juventude e à sua pátria. Uma vez que os seus méritos não foram reconhecidos em Portugal, oferece o seu projecto a Espanha.
Terá de lutar durante meses sozinho, contra todos, para finalmente conseguir uma armada com navios de ocasião, comandados por comandantes hostis. Terá de afrontar mares desconhecidos, tempestades terríveis, motins e traições...
Tem apenas uma paixão, um último sonho O seu sonho era o horizonte! Ir mais além do que alguma vez alguém tinha ido…»



Autores 2017



 “O RAPAZ DO CAIXOTE DE MADEIRA”
Leon Leyson tinha apenas dez anos quando os nazis invadiram a Polónia em 1939 e a sua família foi forçada a viver no gueto de Cracóvia.            Neste seu livro de memórias, Leon começa por nos descrever uma infância feliz, na sua aldeia natal e felizmente para a família, o seu caminho cruzar-se-ia com o de Oskar Schindler que os incluiu na célebre lista dos trabalhadores da sua fábrica. Na altura com apenas 13 anos, Leon era tão pequeno que tinha de subir para cima de um caixote de madeira para chegar aos comandos das máquinas. Ao longo desta história, que reproduz com autenticidade o ponto de vista de uma criança, Leon Leyson deixa-nos entrever, no meio do horror que todos os dias enfrentavam, a coragem, a astúcia e o amor que foram necessários para poderem sobreviver.
Um livro cheio de emoção, história e lições de vida que testemunha o que os Judeus passaram durante a ll Guerra Mundial.


“O HOMEM QUE PLANTAVA ÁRVORES”

Inspirado em acontecimentos verdadeiros, traduzido em diversas línguas e largamente difundido pelo mundo inteiro, "O Homem Que Plantava Árvores" é uma história inesquecível sobre o poder que o ser humano tem de influenciar o mundo à sua volta. Narra a vida de um homem e o seu esforço solitário, constante e paciente, para fazer do sítio onde vive um lugar especial. Com as suas próprias mãos e uma generosidade sem limites, desconsiderando o tamanho dos obstáculos, faz, do nada, surgir uma floresta inteira - com um ecossistema rico e sustentável. É um livro admirável que nos mostra como um homem humilde e insignificante aos olhos da sociedade, a viver longe do mundo e usando apenas os seus próprios meios, consegue reflorestar sozinho uma das regiões mais inóspitas e áridas de França.
Esta obra de Jean Giono, um escritor francês  galardoado com importantes prémios literários, foi publicada em 1953.


“HISTÓRIA DE UM GATO E DE UM RATO QUE SE TORNARAM AMIGOS”



Baseado num episódio da vida de um dos filhos do autor, Luís Sepúlveda, a História de um gato e de um rato que se tornaram amigos oferece-nos uma fábula singela e divertida sobre o verdadeiro valor da amizade.









LIVROS PARA O SECUNDÁRIO

“O ENREDO DA BOLSA E DA VIDA”
O enredo da bolsa e da vida, de Eduardo Mendoza – Prémio Cervantes e “o autor com mais graça da literatura espanhola nos últimos trinta anos” – foi publicado em 2013 e é uma sátira genial sobre a Europa contemporânea. Um detetive sem nome regressa à ação em tempos de crise e, ajudado por uma trupe improvável, que inclui uma acordeonista de rua, um africano albino e um vigarista, entre outros, é chamado a impedir um ataque terrorista envolvendo Ângela Merkel.

LER o primeiro capítulo: 
https://recursos.portoeditora.pt/recurso?id=9264504
VER: Eduardo Mendoza, Prémio Cervantes 2016 

“HOMENS IMPRUDENTEMENTE POÉTICOS”


Num Japão antigo o artesão Itaro e o oleiro Saburo vivem uma vizinhança inimiga que, em avanços e recuos, lhes muda as prioridades e, sobretudo, a capacidade de se manterem boa gente.
A inimizade, contudo, é coisa pequena diante da miséria comum e do destino.
“Valter Hugo Mãe parte de um lugar de morte no Japão para construir uma parábola intemporal sobre a solidão. Homens Imprudentemente Poéticos é um livro trágico onde o escritor apresenta um apurado trabalho de linguagem que o aproxima do seu lugar de origem: a poesia.” 
MANUEL JORGE MARMELO, NOTÍCIAS MAGAZINE



“NOITES BRANCAS” (Livro)

Numa noite luminosa, numa ponte sobre o rio Neva, um jovem sonhador depara-se com uma mulher em lágrimas. Petersburgo está mergulhada em mais uma das suas noites brancas, um fenómeno que faz as noites parecerem tão claras quanto os dias e que confere à cidade a atmosfera onírica ideal para o encontro entre essas duas almas perdidas.
Noites Brancas, escrito em 1848, é a obra do escritor russo Fiódor Dostoiévski que mais o aproxima do romantismo.

Ler online:
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/noitesbrancas.pdf



“NOITES BRANCAS” (Filme)

Realizado em 1957 por Luchino Visconti.
Duração: 107 min
Baseado no livro do grande escritor Fiódor Dostoiévski, Noites Brancas é um dos trabalhos mais belos do mestre Luchino Visconti. Em Livorno, numa noite de inverno, o solitário Mário (Marcello Mastroianni) conhece a ingénua Natália (Maria Schell), que chora à espera de seu grande amor. Nas noites seguintes, Mário apaixona-se por Natália, sem saber o que o destino reserva para eles. 
Filme vencedor do Leão de Prata no Festival de VenezaNoites Brancas é um romance de rara beleza.



… “A minha relação com os livros passa muito pelos autores e colecções dessa editora [Caminho], onde, sem sequer poder prever, viria a trabalhar anos depois. De todos eles, a colecção Uma Aventura e a colecção Caminho Jovens encimam essa lista. Das descobertas de um grupo de jovens amigos que resolviam mistérios e davam a conhecer este país, à dor provocada pela triste realidade do racismo nos EUA, num livro que me marcou definitivamente, Trovão, Ouve o Meu Grito.”               
Sérgio Letria





Este livro foi distinguido com o Prémio Newberry de 1977, o mais importante galardão da literatura infantil e juvenil dos Estados Unidos.

Quando Hitler roubou o coelho cor-de-rosa” 

Baseado na história real da própria autora, Christine Nöstlinger, publicado pela primeira vez em 1971, tornou-se um clássico da literatura juvenil ao oferecer aos jovens de todo o mundo uma introdução ao tema da Segunda Guerra Mundial.

Somos enviados para a Alemanha de 1933 através do pensamento de Anna, uma menina judia de 9 anos cujo pai, um famoso escritor alemão, se atreve a ser um assumido crítico do regime nazi.

 Anna, com a inocência própria da sua idade, está longe de perceber o ambiente político que a envolve, vivendo totalmente alheada dos cartazes “espalhados pela cidade de Berlim com a suástica nazi e a fotografia de Adolf Hitler”. Tudo muda quando o seu pai, antevendo a vitória do ditador nas eleições, se vê forçado a partir abrupta e secretamente em busca de um país de acolhimento. Cedo, Anna, a mãe e o irmão Max se juntam a ele na Suíça, a sua nova casa. Mas a aventura está apenas a começar, até porque a palavra “casa” assume um significado diferente quando se é refugiado.

Vamos acompanhando a nova vida da família, com todas as dificuldades próprias de quem se vê obrigado a um novo país, uma nova cultura, novas pessoas, uma nova língua, mas sempre demonstrando uma incrível capacidade de adaptação. Muito mais do que uma história sobre a Segunda Guerra Mundial, esta é, acima de tudo, a história de uma família de refugiados.







É um adolescente que, após um curso de seis semanas em Inglaterra, volta à sua cidade natal, na Áustria, determinado a desenvolver uma personalidade mais forte, uma identidade. A sua teoria versa que a personalidade começa na imagem e propaga-se para dentro, para o comportamento, para os valores. Luki é agora um freak. Qualquer adolescente compreende, à data de hoje, o que significa freak. Mas o original data de 1978.
Luki tem uma amiga, a narradora, vizinha, colega inseparável desde o infantário. Através da sua voz, vamos conhecendo os vários ambientes familiares do prédio, em que as mulheres se reúnem semanalmente para unirem vozes contra os homens opressores, representados pelos maridos. O distanciamento da adolescente permite-lhe avaliar cada situação com relativa objectividade, e por seu turno estabelece uma cumplicidade com o leitor, a quem pode confessar a sua imparcialidade, na luta cerrada entre os dois sexos. O efeito é mordaz, acutilante, mas nada superficial. Essas famílias não se resumem a tipos, e a singularidade de cada caso promove a reflexão e o juízo de valores. O problema central da narrativa está na relação entre Ariane e Luki, na confusão de sentimentos, atitudes e mal entendidos próprios da adolescência. 

                    

COLEÇÃO CAMINHO JOVENS
NA BIBLIOTECA




UM AUTOR  Stefan Zweig

Escritorromancistapoetadramaturgojornalista e biógrafo austríaco de origem judaica. A partir da década de 1920 e até sua morte foi um dos escritores mais famosos e vendidos do mundo. Suicidou-se durante seu exílio no Brasil, deprimido com a expansão da barbárie nazi pela Europa, durante a Segunda Guerra Mundial.

Novela de Xadrez é recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.

Os passageiros de um navio que parte de Nova Iorque com destino a Buenos Aires descobrem que a bordo segue com eles o campeão do mundo de xadrez, um homem arrogante e pouco amigável. Rapidamente se forma um grupo que procura testar os seus conhecimentos de xadrez jogando com o campeão, apenas para conhecer uma clamorosa derrota. É então que um misterioso passageiro avança para os aconselhar, e o rumo dos acontecimentos se altera. Onde adquiriu ele este domínio extraordinário do jogo do xadrez.
 
Stefan Zweig na Biblioteca



  A propósito de STEFAN ZWEIG:
 Opinião de Nuno Pacheco no Jornal “Público”, de 2 de fevereiro:

   FILME: STEFAN ZWEIG - ADEUS, EUROPA assinala os 75 anos da morte do autor

STEFAN ZWEIG – ADEUS, EUROPA estreia nas salas de cinema nacionais a 23 de Fevereiro, assinalando os 75 anos da morte do escritor.


NA BIBLIOTECA:



Uma comédia de época, escrita e realizada por Wes Anderson em 2014, cujo argumento se inspira em vários escritos do romancista vienense Stefan Zweig. (99 min).





UM LIVRO UM FILME


DATAS COMEMORATIVAS de fevereiro
11 – Dia Mundial do Doente – Dia da Cruz Vermelha Port.
14 – Dia dos Namorados
21 – Dia Internacional da Língua Materna

Raul Brandão



Raul Germano Brandão nasceu a 12 de Março de 1867 no nº 12 da Rua da Bela Vista (atual Rua de Raul Brandão), na Foz do Douro, e viveu parte da sua vida em Lisboa, onde veio a falecer a 5 de dezembro de 1930.

Descendente de homens do mar, a sua infância foi marcada pela paisagem física e humana da zona piscatória da Foz do Douro.

Monumento a Raul Brandão, no jardim do Passeio Alegre, na Foz do Douro

Raul Brandão na Biblioteca

Raul Brandão ON-LINE
A Alma e a Gente - II #41 - Os Pobres de Raúl Brandão - 09 Out 2004
Por José Hermano Saraiva:


Raul Brandão: Um site para comemorar 150 anos:

Guimarães prepara-se para receber o Festival Literário Húmus, que vai assinalar os 150 anos de Raul Brandão. Para o efeito foi lançado um site dedicado ao escritor.

Em 2016 que arrancaram as comemorações dos 150 anos do nascimento de Raul Brandão mas a primeira edição do Húmus — Festival Literário de Guimarães arranca a 8 de março, pouco antes da data oficial do aniversário. O programa promete apresentações e participantes que se vão focar na vida e a obra do escritor e jornalista. A  grande novidade é o lançamento de um site inteiramente dedicado a Brandão, que vai procurar “agregar informação sobre o autor”, conta Adelina Pinto, vereadora da Educação da Câmara Municipal de Guimarães e responsável pelo Festival Húmus.

No site também vão estar disponíveis vídeos com textos de Raul Brandão lidos por autores portugueses: Lídia Jorge, Afonso Cruz, Bruno Vieira Amaral e Pedro Mexia.



Daniel Goleman


O que mudaria em grandes e conhecidas empresas fabricantes de refrigerantes, cosmética ou vestuário se todos nós, sem excepção deixássemos de comprar os seus produtos porque descobrimos que exploram trabalho infantilpoluem a atmosfera ou utilizam ingredientes que nos envenenam lentamente?
Esta é a grande questão que o livro “Eco Inteligência“, de Daniel Goleman nos leva a formular.
Através do conceito de transparência radical, Goleman equaciona as eventuais vantagens, para consumidores e empresas, de tornar absolutamente claro o impacto ecológico dos produtos que consumimos diariamente. 

Segundo McCallum, citado por Goleman: “Temos que parar de falar da Terra como estando a precisar de ser curada. A Terra não precisa de ser curada. Nós, é que precisamos.


BICICLETA À CHUVA de MARGARIDA FONSECA SANTOS
Uma História sobre Bullying, Coragem e Amizade









MARGARIDA FONSECA SANTOS:
A autora publicou o seu primeiro livro para crianças há vinte e um anos. Nunca mais parou de escrever para este público, um verdadeiro desafio que se transformou numa grande paixão.
Reconhecida e muito querida do público, tem uma grande parte das suas obras no Plano Nacional de Leitura.
OUTROS LIVROS 
 de MARGARIDA FONSECA SANTOS
 na BIBLIOTECA


 
O PINTOR DEBAIXO DO LAVA-LOIÇAS
DE AFONSO CRUZ

      









Além de escritor, Afonso Cruz é também ilustrador, cineasta e músico da banda The Soaked Lamb. Nasceu em 1971, na Figueira da Foz, e viria a frequentar mais tarde a Escola António Arroio, em Lisboa, e a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, assim como o Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira e mais de cinquenta países de todo o mundo. Já conquistou vários prémios: Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco 2010, Prémio Literário Maria Rosa Colaço 2009, Prémio da União Europeia para a Literatura 2012, Prémio Autores 2011 SPA/RTP; Menção Especial do Prémio Nacional de Ilustração 2011, Lista de Honra do IBBY – Internacional Board on Books for Young People, Prémio Ler/Booktailors – Melhor Ilustração Original, Melhor Livro do Ano da Time Out 2012 e foi finalista dos prémios Fernando Namora e Grande Prémio de Romance e Novela APE e conquistou o Prémio Autores para Melhor Ficção Narrativa, atribuído pela SPA em 2014. 

OUTROS LIVROS  de AFONSO CRUZ
 na BIBLIOTECA



O MEU PAÍS INVENTADO
 de ISABEL ALLENDE

O amor pelo Chile e uma grande nostalgia do país natal estão na origem deste novo livro da escritora chilena Isabel Allende, escrito com muita emoção, inteligência e humor, que sempre foram marcas da sua literatura.

                    
Escritora chilena, ISABEL ALLENDE nasceu a 2 de agosto de 1942. Em 1973 foi forçada a abandonar o Chile na sequência do golpe militar em que Salvador Allende, primo do seu pai, foi assassinado ou levado ao suicídio. Trabalhou como jornalista no Chile e, posteriormente, em Caracas (Venezuela), onde viveu até 1984. Depois disso, passou a viver nos EUA, onde ensina literatura. Foi uma defensora acérrima dos direitos das mulheres.


OUTROS LIVROS de ISABEL ALLENDE
  na BIBLIOTECA

APARIÇÃO
de VERGÍLIO FERREIRA
Uma das mais conhecidas obras de Virgílio Ferreira, um dos maiores romancistas portugueses do século XX, Aparição revela a influência da filosofia existencialista no autor, bem expressa nas vivências e nas reflexões da personagem principal, um professor de liceu acabado de chegar a Évora para iniciar a sua carreira profissional.


Vergílio Ferreira

Romancista e ensaísta português, natural de Melo (Gouveia), nasceu a 28 de janeiro de 1916 e morreu a 1 de março de 1996, em Lisboa.
Estudou no Seminário do Fundão, entre 1926 e 1932, vindo a abandoná-lo para completar os estudos liceais.
 Licenciou-se em Filologia Clássica na Universidade de Coimbra onde, durante a segunda metade dos anos trinta, tomaria contacto com um neorrealismo emergente, formado, entre outras influências, na leitura de romancistas brasileiros.
 Foi professor do ensino liceal, em Évora (1945-1958) e em Lisboa (desde 1959e até à aposentação). Notabilizou-se no domínio da prosa ficcional, sendo um dos maiores romancistas portugueses do século XX.

OUTROS LIVROS de VERGÍLIO FERREIRA
  na BIBLIOTECA


DATAS COMEMORATIVAS DE abril
·         07 de Abril: Dia Mundial da Saúde
·         08 de Abril: Dia Mundial da Astronomia
·         13 de Abril: Dia Mundial da Imprensa
·         16 de Abril: Dia Mundial da Voz
·         22 de Abril: Dia Mundial da Terra
·         23 de Abril: Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor
·         23 de Abril: Dia Mundial do Escuteiro
·         29 de Abril: Dia Mundial da Dança


Fernando Campos (23/4/1924, Águas Santas, Maia – 1/4/2017, Lisboa).

Estudou em Coimbra onde se licenciou em Filologia Clássica e foi professor no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa.
Para além de algumas obras didácticas e pequenas monografias de investigação etimológica e literária, é autor do romance histórico "A Casa do Pó", a sua primeira obra de fôlego a ser publicada e que o colocou entre os grandes escritores portugueses.
Publicou ainda: "Psiché", "O Homem da Máquina de Escrever" ,"O pesadelo de Deus", "A Esmeralda Partida" (Prémio Eça de Queirós - 1995), "A Sala das Perguntas", "Viagem ao Ponto de Fuga", a "Ponte dos Suspiros" e "…que o meu pé prende…".
Algumas das suas obras estão traduzidas em França, Alemanha e Itália.

Para saber mais:
expresso.sapo.pt/cultura/2017-04-03-Morreu-o-escritor-Fernando-Campos
http://observador.pt/2017/04/03/morreu-o-escritor-fernando-campos/
 


A Casa do Pó, publicada em 1986, continua a ser uma das obras mais conhecidas do autor. Trata-se de um romance histórico passado no Portugal (e não só) do século XVI e que tem como protagonista um homem que não sabe de onde vem nem qual a sua ascendência.
 A única pista que o pode levar a alguma resposta é o medalhão que sempre teve ao peito.
A Casa do Pó surgiu após mais de uma década de estudo e preparação. As referências históricas e temporais — que passam pelas cortes de D. Manuel I e D. João III — foram um dos elementos elogiados então pela crítica, que apontou Fernando Campos como nome que passava a ser obrigatório e renovador para um género de estruturas fixas. O livro haveria de multiplicar-se em edições e vender mais de cem mil exemplares.

DESTAQUE


Exposição virtual, livros, informação bio-bibliográfica


DATAS COMEMORATIVAS de maio

1    .  Dia Internacional do Trabalhador

2    .  Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

5 .  Dia Mundial da Língua Portuguesa e da Cultura
7.   Dia da Mãe
9 .  Dia da Europa
10. Prova distrital do Concurso do PNL - Biblioteca Almeida Garrett


OUTUBRO
Mês Internacional das Bibliotecas Escolares

Tema 2017: “Ligando Comunidades e Culturas”

 …Um livro

Jostein Gaarder
Dois jovens primos e grandes amigos separam-se depois das longas férias do Verão. Mas as novidades são tantas que para se manterem em contacto um com o outro recorrem às cartas, numa espécie de livro-diário, onde contam tudo o que lhes acontece. Nesta troca de correspondência encontram acidentalmente uma estranha carta caída da mala da Lilli dos Livros, com indicações misteriosas que os dois jovens vão investigar… Uma descoberta ou um reencontro com o mundo dos livros, desde os mais antigos até aos mais atuais, onde se revelam a todos os leitores importantes características das diferentes épocas do livro. 

… Uma Coleção
CONTOS E HISTÓRIAS DE MOÇAMBIQUE 
Projeto da Escola Portuguesa de Moçambique e da Fundació Contes pel Món (Fundação Contos para o Mundo - Espanha)



Esta coleção, iniciada em 2011, resulta da recolha, recriação e edição de livros baseados em histórias tradicionais moçambicanas, e visa a promoção da leitura entre os alunos das escolas moçambicanas, a formação dos professores na área da dinamização da leitura e a divulgação do património artístico e cultural de Moçambique.

A Biblioteca da ESAS agradece esta amável oferta da Escola Portuguesa de Moçambique /Centro de Ensino da Língua Portuguesa


“HISTÓRIA DE UM CÃO CHAMADO LEAL
"Cão como nós"








"Romance da Raposa"

"O livro da Selva"
SABER MAIS ..................... LER O LIVRO ONLINE

ITALO CALVINO (1923-1985)

Jornalista, contista e romancista italiano, Italo Calvino nasceu a 15 de Outubro de 1923 em Santiago de Las Vegas, na ilha de Cuba. Ainda criança acompanhou os pais na sua mudança para São Remo, em Itália. Em 1940, e em consequência da deflagração da Segunda Guerra Mundial, Calvino foi recrutado para a Mocidade Fascista, mas desertou pouco tempo depois, refugiando-se nas montanhas da Ligúria, onde se juntou à Resistência Comunista. 

O BARÃO TREPADOR. Editorial Teorema, 1999.

Nesta fantasia verdadeiramente deliciosa, Cosimo, um jovem nobre italiano do século XVIII, revolta-se contra a autoridade paterna, trepando para cima das árvores. Aí vai permanecer durante o resto da sua vida, adaptando-se eficazmente a uma existência arbórea - caça, semeia e colhe, joga vários jogos com amigos que têm os pés assentes na terra, combate incêndios florestais, resolve problemas de engenharia e até consegue manter casos amorosos. Do seu posto de observação, Cosimo vê passar os tempos de Voltaire e assiste à chegada do novo século.

LIVROS DISPONÍVEIS NA BIBLIOTECA


 BIBLIOGRAFIA
O Atalho dos Ninhos de Aranha (1947), publicado pela Editorial Teorema em 1992.
O Visconde Cortado ao Meio (1952), publicado pela Portugália (1961) e Editorial Teorema (1986).
Fábulas Italianas (1956), publicado pelo Círculo de Leitores em 2000.
O Barão Trepador (1957) publicado pela Portugália (1965) e Editorial Teorema (1986).
O Cavaleiro Inexistente (1959) publicado pela Portugália (1965) e Editorial Teorema (1986).
Os Nossos Antepassados (1960), publicado pelo Círculo de Leitores em 1997 (contém “O Visconde Cortado ao Meio”, “O Barão Trepador” e ” O Cavaleiro Inexistente”).
Marcovaldo (1963), publicado pela Editorial Teorema em 1994.
O Dia de um Escrutinador (1963), publicado pela Editorial Teorema em 1997.
Os Oportunistas (1963), publicado pela Arcádia em 1961.
Cosmicómicas (1965), publicado pela Editorial Teorema em 1993.
A Nuvem de Smog (1965), publicado pela Editorial Teorema em 2001, numa edição que também inclui o conto “A Formiga Argentina”.
A Formiga Argentina (1965), publicado pela Editorial Teorema em 2001, numa edição que também inclui o conto “A Nuvem de Smog”.
Os Amores Difíceis (1970), publicado pela Arcádia em 1970.
As Cidades Invisíveis (1972), publicado pela Editorial Teorema em 1993.
O Castelo dos Destinos Cruzados (1973) publicado pela Bertrand (1977) e Editorial Teorema (2003).
Se  numa de Inverno um Viajante (1979) publicado pela Vega (1985) e Editorial Teorema (2000).
Ponto final : escritos sobre literatura e sociedade (1980), publicado pela Editorial Teorema em 2003.
Palomar (1983), publicado pela Editorial Teorema em 1987.

EDIÇÕES PÓSTUMAS

Sob o Sol Jaguar (1986), publicado pela Editorial Teorema em 1992.
Seis Propostas para o Próximo Milénio (1988), publicado pela Editorial Teorema em 2007.
Sobre o Conto de Fadas (1988), publicado pela Editorial Teorema em 1999.
O Caminho de San Giovanni (1990), publicado pela Editorial Teorema em 2002.
Porque Ler os Clássicos? (1991), publicado pela Editorial Teorema em 1993.
A Memória do Mundo (1993), publicado pela Editorial Teorema em 1996.
Um Eremita em Paris (1994), publicado pela Editorial Teorema em 1996.

Ligações: 




   JULIÁN FUKS
O Prémio Literário José Saramago 2017 foi atribuído ao romance A Resistência, do brasileiro Julián Fuks. O anúncio foi feito ao final da manhã desta quarta-feira, na sede da Fundação José Saramago, na Casa dos Bicos, em Lisboa, por Guilhermina Gomes, diretora editorial do Círculo de Leitores e presidente do júri, composto ainda por Ana Paula Tavares, António Mega Ferreira, Nelida Piñon e Pilar del Rio.
Publicado no ano passado pela Companhia das Letras, A Resistência parte do drama de um país — a Argentina, depois do golpe de estado de 1976 — para relatar a história de uma família que procura exílio no Brasil, de forma densa e emocionante. Este é o quarto romance publicado pelo brasileiro, considerado pela revista Granta um dos vinte melhores jovens autores do Brasil. Foi com ele que ganhou o Prémio Jabuti, o mais importante prémio literário brasileiro, na categoria de ficção, em 2016, e a Menção Honrosa do Prémio Rio de Literatura, também nesse ano.
Para Ana Paula Tavares, membro do júri do prémio, que fez o elogio da obra vencedora, trata-se de “uma história com várias histórias dentro”, onde a escrita se assume como “um ato de resistência”. “Uma procura constante entre narrar e a precisão de recorrer às fontes (falas e silêncios da mãe, do pai, dos irmãos) de um passado vivido e outro que pode ser ficcionado a partir de uma observação direta que torna o romance nesse território híbrido da experimentação e da contaminação dos géneros e das espécies.”


“O ato de narrar desleva o nó das convergências que só se percebo pelo alinhamento da palavra em torno do que diz e do que esconde esse pacto da memória que toda a família transporta e passa de geração em geração. Pode-se herdar um exílio como se herda a casa do avô ou a rua onde estendida ao sol resiste a esperança”, disse Ana Paula Tavares.
Nascido em 1981, em São Paulo, Brasil, no seio de uma família de exilados argentinos, a história de A Resistência é, em grande medida, a do autor, considerado em 2012, pela revista Granta, um dos vinte melhores jovens escritores brasileiros. “Mergulhar no passado é como olhar de frente a resistência na oposição de forças que não são porosas à memória e aos campos específicos da história”, considerou Ana Paula Tavares. “Momentos de fratura (a Argentina, a ditadura e a fuga) tornam a casa, o lugar de exílio, a partir do qual se constrói a narrativa que, partindo da família, convoca a depor a história dos lugares de saída e os de acolhimento.”
“Todas as ruas de sentido único ganham novos sentidos com a palavra certa que Julián Fuks usa para escrever o romance e ao mesmo tempo nos dar conta da história e da memória do exílio, da política e da família enquanto espelho onde se desenha a história do universo.”
Em comunicado, António Mega Ferreira, outro membro do júri, considerou que “há tantas coisas neste curto romance, tantas e tão desafiantes, que, às vezes, parece que a narrativa vai implodir”. “Mas não: com mestria literária notável, o autor suspende os momentos suscetíveis de desencadear as catástrofes às beira de qualquer desenlace, porque o romance não deve ser mais cruel do que a vida.”
“Que a literatura possa contribuir para as múltiplas resistências que o mundo exige”
No discurso de agradecimento, o autor disse que era “difícil encontrar palavras depois das palavras tão cuidadosas, elegantes, ponderadas e lisonjeiras da Ana Paula Tavares”. “Queria, em primeiro lugar, agradecer a todos os envolvidos no processo. O sentimento é quase avassalador de tanta alegria por receber um prémio como estes e entrar numa lista de autores que eu admiro, numa casa como esta e receber um prémio que leva o nome desse autor imenso que é Saramago. Tentava recapitular a minha relação com ele e senti que ele é talvez o único autor que me fez rir e chorar em momentos diferentes. Sinto que agora, num só momento, Saramago me faz rir e chorar.”
Admitindo que o livro foi muito bem recebido em solo português, Julián Fuks afirmou que isso o fez acreditar que é possível estabelecer um “diálogo”, uma “abertura” e um “entendimento entre nós”. No fundo, “uma troca maior de experiência e ideias”. “Portugal tem sido incrivelmente hospitaleiro e recetivo, e eu só tenho a agradecer ao país como um todo por isso.” Explicando que o seu romance fala sobre a resistência e sobre as múltiplas formas que esta pode tomar, o escritor salientou que a escrita também pode — e deve — ser uma resistência. “É um livro muito pessoal. Trata de uma vivência própria e familiar, mas que procura pensar o pessoal como coletivo, como político. É o que tenho sentido cada vez mais — que uma dessas manifestações do íntimo s pode tornar numa manifestação política, mais ampla, do coletivo.”

Rita Cipriano,
 in Observador: http://observador.pt/2017/10/25/julian-fuks-vence-premio-literario-jose-saramago/

LIVROS DO MÊS
Diário de Anne Frank
Anne Frank

Publicado em 1947, O Diário de Anne Frank jamais deixou de ser reeditado. Aos 70 anos ganha uma nova versão, a da novela gráfica. Para os autores, Ari Folman e David Polonsky, o livro "não faz parte da indústria do holocausto"
Quando se pensa na II Guerra Mundial, O Diário de Anne Frank é uma das primeiras memórias a surgir. Trata-se de um documento sem igual ao relatar a vida de oito moradores num anexo em Amesterdão durante 743 dias e, principalmente, o pensamento de uma menina perante um dos mais trágicos momentos da história do século XX.

Os Indomáveis F. C. Contra Tudo e Contra Todos
Álvaro Magalhães

Após uma série de dificuldades, Os Indomáveis arriscam uma participação no torneio dos chocolates Croc, com um prémio bem atrativo que lhes permitirá o acesso à Superliga. Mas há um senão: o vencedor daquele torneio é sempre a equipa da casa – Os Crocodilos –, seja de que maneira for. Para ganhar o prémio, terão de ultrapassar os obstáculos no caminho da taça. É, sem dúvida, um desafio à altura d’ Os Indomáveis. Lês e esqueces que estás a ler. Pensas que estás a jogar, a viver.

LIVROS E FILMES

Em “Walt nos Bastidores de Mary Poppins”, o foco está no "duelo" travado entre o todo poderoso Walt Disney e a teimosa Pamela Lyndon Travers, criadora de Mary Poppins. O motivo? Dinheiro e autoria.
Foram necessários 14 anos para convencer a escritora australiana a vender os direitos …
Duração: 125 min.

DATAS COMEMORATIVAS - novembro

11 - Dia Internacional da Ciência e da Paz
16 - Dia Internacional da Tolerância
16 - Dia do Mar
17 - Dia Mundial do Não Fumador
24 - Dia Nacional da Cultura Científica e Dia Mundial da Ciência
25 - Dia Mundial para a Eliminação da Violência contra as Mulheres

As Aventuras de João Sem Medo

Escrito em 1933, em 26 folhetins, para uma Gazeta juvenil, As Aventuras de João Sem Medo nascem da ideia de criar um herói que "desmistificasse os Gigantes, os Príncipes, as Princesas, as Fadas" e "permitisse criar novos mitos, tornar mágicos os objetos vulgares da vida diária e dar contorno às minhas verdades mais profundas numa linguagem de ação poética" (posfácio à 4ª ed., 1975, p. 226). A publicação em volume refunde, em 1963, alguns dos episódios vividos por João Sem Medo, um herói "desprezador dos tiranetes e dos poderosos e, sobretudo, cheio de alegria de existir, de respirar, de acreditar nos bons sentimentos e de inventar monstros para os destruir e vencer" (Ibi., p. 231). Descrevendo o "caminho árduo" da infelicidade percorrido por João Sem Medo, um pequeno burguês resoluto em ocultar o medo, desde que saltou o muro da aldeia Chora-que-logo-bebes, a obra apresenta uma espécie de reverso do conto maravilhoso, e permite entrever também uma sátira à situação nacional sob a ditadura: à partida, quem seguisse o caminho da felicidade completa tinha de se sujeitar a que lhe cortassem a cabeça para não pensar.






















Uma cana de pesca para o meu avô

Recordações de infância, as alegrias simples do amor e da amizade, a terra natal e os seus lugares familiares, mas também os dramas da rua ou as tragédias vividas pela China, são estes os temas destes seis contos escolhidos pelo autor. Com um imenso talento, Gao Xingjian brinca com estas imagens e com a sua escrita, leva-nos, como se nada fosse, a entrar nos seus sonhos mais íntimos - quer sejam os do rapazinho que se tronou adulto, de um jovem recém-casado perdido de amor ou de um nadador em risco de vida... Sorrisos e lágrimas atravessam esta leitura, que nos deixa o belo e suave sabor da emoção.






















O Leopardo

Romance histórico situado na segunda metade do século XIX, O Leopardo conta a fascinante história de uma aristocracia siciliana decadente e moribunda, ameaçada pela aproximação da revolução e da democracia. O enredo dramático e a riqueza dos comentários, o contínuo entrelaçar de mundos públicos e privados e, sobretudo, a compreensão da fragilidade humana impregnam O Leopardo de uma particular beleza melancólica e de um raro poder lírico, consagrando-o como uma obra-prima da literatura.








Encontro no Outono

Nas palavras de João Gaspar Simões: “Com este Encontro no Outono conquista Ilse Losa um lugar invejável na galeria dos nossos contistas contemporâneos. E vale a pena frisar que se o conto dos nossos dias releva de um filão pouco explorado pela novelística tradicional — os segredos do coração humano e, antes de mais nada, o segredo da sua solidão — a parte que cabe a Ilse Losa nessa tarefa ainda um dia há-se vir a ser posta em relevo”. 





















LIVROS E FILMES

Oliver Twist é um romance de Charles Dickens que relata as aventuras e desventuras de um rapaz órfão.
O livro foi, por diversas vezes, adaptado ao cinema. Destaca-se a adaptação de David Lean de 1948, e a versão de Roman Polanski, lançada nos cinemas em 2005.












Autores 2016
 AUTORES DE JANEIRO

THOMAS MORE (1478 – 1535)
Pintado por Hans Holbein the Younger, 1527
Sir Thomas More nasceu em Londres, em 1478, e aí morreu tragicamente, com 57 anos. Estudou Leis em Oxford e Londres e viria a ser uma das figuras proeminentes do movimento humanista do seu tempo. Carácter forte e de uma integridade a toda a prova. Thomas More tornou-se, no reinado de Henrique VIII, personalidade de primeira grandeza na cena politica do seu país.
Em 1529 sucedeu ao cardeal Wolsey como chanceler do reino. Durante as perturbações que marcaram os começos da Reforma manteve-se católico, embora advogando energicamente o regresso à pureza primitiva da Igreja.

Na questão do divórcio de Henrique VIII achou que, por fidelidade a sua consciência, se devia opor ao rei, que, por isso mesmo, o demitiu, prendeu e fez executar em 1535. Thomas More, cuja vida serviu de argumento ao filme Um Homem Para a Eternidade, foi canonizado em 1935.

UTOPIA, obra canónica de Thomas More publicada em 1516, faz 500 anos!
“É universalmente célebre o seu romance político-social Utopia, uma das obras-primas do Renascimento. Na primeira parte deste livro, ainda hoje de profunda e palpitante actualidade, o autor apresenta e critica o quadro sociopolítico da Inglaterra e dos outros Estados europeus de então, verberando o despotismo das monarquias, o servilismo dos cortesãos, a venalidade dos altos funcionários, o luxo e a injustiça dos nobres e dos monges. Na segunda parte, em vez de propor dogmaticamente as reformas que considerava necessárias, Thomas More preferiu imaginar concretizada numa terra longínqua a organização ideal da sociedade, oferecendo-nos, deste modo, uma descrição magnífica do que poderíamos chamar o Estado socialista e democrático perfeito. O livro conta a viagem de Rafael Hitolodeu, navegador português, a uma ilha distante, chamada Utopia, cuja organização política, social, cultural, militar e religiosa tornam-na na civilização mais eficiente e mais próspera alguma vez vista. A repartição dos recursos da nação por todos de forma igual e solidária tornam a Utopia a verdadeira República.”



VERGÍLIO FERREIRA (1916 – 2016)

Nasceu em Melo, no concelho de Gouveia, em Janeiro de 1916 e desenvolveu uma prolongada carreira como docente, que o levará a pontos tão distantes como Bragança, Évora ou Lisboa.
Reuniu em si diversas facetas, a de filósofo e a de escritor, a de ensaísta, a de romancista e a de professor. Contudo, foi na escrita que mais se destacou, sendo dos intelectuais contemporâneos mais representativos.
Vergílio entregava-se à escrita de corpo e alma, tecia reflexões constantes acerca do sentido da vida, sobre o mistério da existência, acerca do nascimento e da morte, enfim, acerca dos problemas da condição humana.










 AUTORES DE FEVEREIRO

João Casimiro de Aguiar (Lisboa, 28 de Outubro de 1943 - Lisboa, 3 de Junho de 2010), foi jornalista e escritor, (…) escreveu mais de duas dezenas de romances e criou duas séries de televisão destinadas ao público mais jovem - “Sebastião e os Mundos Secretos” e o “Bando dos Quatro”, no qual ele próprio figura na personagem do Tio João.

João Aguiar foi um dos cultores em Portugal do chamado romance histórico, com “A Voz dos Deuses”, publicado em 1984. Seguiram-se duas dezenas de romances que o levaram a estudar a história mais remota de Portugal.

JOÃO AGUIAR NA BIBLIOTECA DA ESCOLA


António Tavares nasceu em Angola em 1960, formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra e é pós-graduado em Direito da Comunicação pela mesma universidade. Foi professor do ensino secundário e, atualmente, exerce o cargo de vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

O Coro dos Defuntos, Prémio LeYa 2015, é um belíssimo retrato do mundo rural português entre 1968 e 1974. Vivem-se tempos de grandes avanços e convulsões: os estudantes manifestam-se nas ruas de Paris e, em Memphis, é assassinado o negro que tinha um sonho; transplanta-se um coração humano e o homem pisa a Lua; somam-se as baixas americanas no Vietname e a inseminação artificial dá os primeiros passos.Porém, na pequena aldeia onde decorre a acção deste romance, os habitantes, profundamente ligados à natureza, preocupam-se sobretudo com a falta de chuva e as colheitas, a praga do míldio e a vindima.

E, mesmo assim, passam-se por ali coisas muito estranhas… 



OUTRAS UTOPIAS PARA ALÉM DA UTOPIA DE THOMAS MORE


UM LIVRO UM FILME

Filme de 1966, sobre a vida de Sir Thomas More, estadista católico inglês que se revoltou contra o estatuto auto-proclamado de Henrique VIII como o supremo chefe da Igreja inglesa e pagou a sua coerência com a vida. 

Biografia de um grande humanista, autor de “Utopia”,  uma das figuras mais impressionantes da história da Inglaterra. 



AUTORES DE MARÇO

Elena Ferrante
Nasceu em Nápoles há uns 60 anos. Por vezes, aparece uma data associada: 1943. Será mulher, terá sido mãe? É especulação, como tudo o que ultrapassa a literatura sempre que se fala de Elena Ferrante. Das poucas entrevistas que deu, todas por escrito e sempre intermediadas pelos editores italianos, foi-se sabendo que tem formação em literatura clássica, que gosta de Tchékhov, que viveu na Grécia.
O anonimato permite-lhe maior liberdade, livra-a de qualquer espécie de auto-censura. “Escrever sabendo que não vou aparecer produz um espaço de absoluta liberdade criativa.”
A literatura é o compromisso exclusivo de Elena Ferrante.Nasceu em Nápoles há uns 60 anos. Por vezes, aparece uma data associada: 1943. Será mulher, terá sido mãe? É especulação, como tudo o que ultrapassa a literatura sempre que se fala de Elena Ferrante. Das poucas entrevistas que deu, todas por escrito e sempre intermediadas pelos editores italianos, foi-se sabendo que tem formação em literatura clássica, que gosta de Tchékhov, que viveu na Grécia.
O anonimato permite-lhe maior liberdade, livra-a de qualquer espécie de auto-censura. “Escrever sabendo que não vou aparecer produz um espaço de absoluta liberdade criativa.”
A literatura é o compromisso exclusivo de Elena Ferrante.

A Amiga Genial, primeiro título de uma série de quatro, centrada em Nápoles, sobre a relação entre duas mulheres desde a infância até ao momento em que uma delas escolheu “apagar o rasto”. Um livro de formação, sobre uma escritora, Elena Greco, a narradora, e a sua amiga “má”, a sua outra face, Lila Cerullo.
“As mulheres das minhas histórias são ecos de mulheres reais que, por causa do seu sofrimento ou da sua combatividade, influenciaram muito a minha imaginação.”
De facto, é o universo feminino que caracteriza a sua escrita.

Artigos relacionados:
Sábado 18/2/216:
Expresso 22/2/2016:
Jornal Público 17/7/2015
Público 30/1/2015
Público 11/2/2016
DN 5/2/2016


Rosa Lobato de Faria
Nasceu em Lisboa em abril de 1932, tendo falecido a 2 de fevereiro de 2010, aos 77 anos. Poetisa e romancista, o essencial da sua poesia está reunido no volume Poemas Escolhidos e Dispersos, de 1997. O seu primeiro romance, O Pranto de Lúcifer, veio a público em 1995. Seguiram-se-lhe:
Os Pássaros de Seda (1996),
Os Três Casamentos de Camilla S. (1997),
Romance de Cordélia (1998),
O Prenúncio das Águas (1999),
A Trança de Inês (2001),
O Sétimo Véu (2003),
Os Linhos da Avó (2004),
A Flor do Sal(2005),
A Alma Trocada (2007),
A Estrela de Gonçalo Enes (2007)

As Esquinas do Tempo (2008). 
Foi autora de diversos livros infantis. Está traduzida em Espanha, França e Alemanha e representada em várias coletâneas de contos, em Portugal e no estrangeiro. É também conhecida do grande público como atriz de televisão e cinema.
Em 2000, obteve o Prémio Máxima de Literatura. Foi também autora de diversos livros infantis. Está traduzida em Espanha, França e Alemanha e representada em várias coletâneas de contos, em Portugal e no estrangeiro. Foi também conhecida do grande público como atriz de televisão e cinema. Em 2000, obteve o Prémio Máxima de Literatura.

EM MEMÓRIA (1)
Escritor e homem de letras italiano, Umberto Eco nasceu a 5 de Janeiro de 1932 em Alessandria (Piemonte) e morreu a 19 de fevereiro de 2016. Mantendo uma carreira editorial bastante completa e activa, Eco não deixou de publicar estudos académicos sobre Estética, Semiótica e Filosofia.
Em 1980 publicou o seu primeiro romance, O Nome da Rosa, obra que foi imediatamente considerada como um clássico da literatura mundial. Contando as andanças de um monge do século XIV que é chamado a uma abadia beneditina para solucionar um crime, Eco restabelecia a velha contenda entre o mundo material e o espiritual. Bastante popular, sobretudo nos meios mais eruditos foi o seu segundo romance, de 1988, O pêndulo de Foucault, em que Eco contrapunha o hermetismo e a cosmologia aos potenciais da informática e aos perigos do crime organizado. 
EM MEMÓRIA (2)
Nelle Harper Lee nasceu no Alabama a 28 de abril de 1926 e faleceu a19 de fevereiro de 2016. Foi uma escritora norte-americana, vencedora do Prémio Pulitzer de Ficção em 1961 pela sua obra Mataram a cotovia. Em 2007 foi premiada com a "Medalha Presidencial da Liberdade dos Estados Unidos". 



AUTORES DE ABRIL

JOÃO TORDO
nasceu em Lisboa em 1975. Licenciou-se em Filosofia e estudou Jornalismo e Escrita Criativa em Londres e Nova Iorque. Em 2001, venceu o Prémio Jovens Criadores na categoria de Literatura.



Publicou os romances:
O Livro dos Homens sem Luz (2004); 
Hotel Memória (2007); 
As Três Vidas (2008), que recebeu o Prémio Literário José Saramago e cuja edição brasileira foi, em 2011, finalista do Prémio Portugal Telecom; 
O Bom Inverno (2010), finalista do prémio Melhor Livro de Ficção Narrativa da Sociedade Portuguesa de Autores e do Prémio Literário Fernando Namora;
Anatomia dos Mártires (2011), finalista do Prémio Literário Fernando Namora.
O Ano Sabático (2013),
Biografia involuntária dos amantes (2014),
O Luto de Elias Gro (2015),
O Paraíso segundo Lars D. (2015).
Os seus livros estão publicados em França, Itália, Brasil, Sérvia e Croácia.
Para saber mais
Portal da Literatura:

RICARDO ARAÚJO PEREIRA
nasceu em Lisboa, em 1974. Licenciado em Comunicação Social pela Universidade Católica, começou a sua carreira como jornalista no Jornal de Letras.
É guionista desde 1998. Em 2003, com Miguel Góis, Zé Diogo Quintela e Tiago Dores, formou o grupo humorístico Gato Fedorento.
Escreve semanalmente na revista Visão e é um dos elementos do programa da TSF Governo Sombra. Assinou, em 2012, a rubrica Mixórdia de Temáticas, na Rádio Comercial.
Publicou seis livros de crónicas:
Boca do Inferno (2007), 
Novas Crónicas da Boca do Inferno (2009), Grande Prémio da Crónica
atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores e a Câmara Municipal de Sintra, em 2013,
A Chama Imensa (2010),
Mixórdia de Temática (2012),
Se não entenderes eu conto de novo, pá (Brasil, 2012) e
Novíssimas Crónicas da Boca do Inferno (2013).
Coordena a Colecção de Clássicos de Literatura de Humor, que integra autores como Charles Dickens, Denis Diderot e Jaroslav Hasek.

Para os mais novos
O Dono da Festa
de Estevão Bertoni; Ilustração: Bernardo Carvalho






Prémio Branquinho da Fonseca - Expresso/ Gulbenkian 2007





Com apenas 17 anos Estevão Bertoni foi o grande vencedor do Prémio Branquinho da Fonseca 2007, atribuído pelo jornal Expresso em conjunto com a Fundação Calouste Gulbenkian.
Brasileiro de nacionalidade, o autor empregou em O Dono da Festa mais de 300 expressões idiomáticas da língua portuguesa, recorrendo a dizeres da tradição oral legados de geração em geração ao longo das várias épocas.
Em O Dono da Festa diferentes órgãos do corpo humano (o nariz, os pés, o rosto, as mãos, os olhos, as orelhas, a boca, os joelhos, os cotovelos, o pescoço, o tronco, o cérebro e a cabeça) são-nos apresentados isoladamente. Foram todos convidados para uma festa em que o anfitrião era o coração, um coração forte e corajoso, bom e sincero. Depois de ouvirem o que ele tem para lhes dizer sabem que apenas juntos conseguirão ajudá-lo. Um livro encantador, original e divertido com o poder de nos fascinar logo nas primeiras linhas.

AUTORES DE MAIO

MIA COUTO
António Emílio Leite Couto, Mia Couto, nasceu em 5 de Julho de 1955 na cidade da Beira em Moçambique. É filho de uma família de emigrantes portugueses. Mia Couto publicou os seus primeiros poemas no jornal Notícias da Beira, com 14 anos. Iniciava assim o seu percurso literário dentro de uma área específica da literatura – a poesia –, mas posteriormente viria a escrever as suas obras em prosa. Em 1972 foi para Lourenço Marques para estudar medicina mas a partir de 1974 enveredou pelo jornalismo, carreira que abandonou em 1985 para se formar em biologia, especializando-se na área de ecologia, sendo atualmente professor da cadeira de Ecologia em diversas faculdades da universidade de Eduardo Mondlane. Em 1992, foi o responsável pela preservação da reserva natural da Ilha de Inhaca.
Mia Couto é um “escritor da terra”, escreve e descreve as próprias raízes do mundo, explorando a própria natureza humana na sua relação umbilical com a terra. A sua linguagem extremamente rica e muito fértil em neologismos, confere-lhe um atributo de singular percepção e interpretação da beleza interna das coisas.
As suas obras estão traduzidas e publicadas em 24 países. Recebeu inúmeros prémios, entre os quais o Prémio Camões, em 2013.

Para saber mais sobre Mia Couto:
Bibliografia, Biografia e Prémios · Trabalhos Académicos · Palestras e Entrevistas · Fundação Mia Couto · Moçambique em Prosa e Verso  www.miacouto.org/

MIA COUTO na Biblioteca ESAS


MANUEL ALEGRE 
Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu a 12 de Maio de 1936 em Águeda. Estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde foi um activo dirigente estudantil. Apoiou a candidatura do General Humberto Delgado. Foi fundador do CITAC – Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, membro do TEUC – Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra, campeão nacional de natação e atleta internacional da Associação Académica de Coimbra. 
A sua tomada de posição sobre a ditadura e a guerra colonial levam o regime de Salazar a chamá-lo para o serviço militar em 1961, sendo preso pela PIDE em Luanda, em 1963, durante 6 meses.
Passa dez anos exilado em Argel, onde é dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional. Aos microfones da emissora A Voz da Liberdade, a sua voz converte-se num símbolo de resistência e liberdade. Entretanto, os seus dois primeiros livros, Praça da Canção(1965) e O Canto e as Armas (1967) são apreendidos pela censura. Poemas seus, cantados, entre outros, por Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire e Luís Cília, tornam-se emblemáticos da luta pela liberdade. Regressa finalmente a Portugal em Maio de 1974, dias após o 25 de Abril.
Entra no Partido Socialista onde, ao lado de Mário Soares, promove as grandes mobilizações populares que permitem a consolidação da democracia.
Em 2009 despediu-se do lugar de Deputado, que ocupou durante 34 anos e que deixou por vontade própria nas legislativas de Setembro. Foi reeleito para o Conselho de Estado em Novembro de 2009. Foi duas vezes candidato à presidência da República.

Manuel Alegre, segundo Paula Morão, emociona e desassossega: "depõe nas nossas mãos frágeis as palavras, rosto do mundo, faz de nós portugueses errantes e deixa-nos o dom maior (...) – os seus poemas". O seu livro Cão como nós vai na 20ª edição em língua portuguesa.

Recebeu de Marcelo Rebelo de Sousa , neste 25 de Abril, o prémio Vida Literária, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores e patrocinado pela CGD. Entre muitos outros importantes prémios, foi galardoado com o Prémio Pessoa em 1999.

 MANUEL ALEGRE na biblioteca ESAS




AUTORES DE OUTUBRO

Patrícia Reis, (Lisboa, 1970)
 

Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário.


“Contracorpo”, Dom Quixote, 2013, sexto romance de Patrícia Reis é uma dolorosa reaproximação entre Maria, mãe e recém-viúva, e Pedro, o mais velho dos seus dois filhos.



Emma Donoghue, (Dublin 1969)

 

O quarto é a casa de Jack, mas, para sua mãe, é a prisão onde o velho Nick a mantém há sete anos. Com determinação, criatividade e um imenso amor maternal, a mãe criou ali uma vida para Jack.

Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o Ensino Secundário.
“O QUARTO DE JACK”
De Emma Donoghue
Porto Editora, 2011



Edwin A. Abbott, (Reino Unido, 1838-1926)

 

Flatland é um universo a duas dimensões, habitado por figuras geométricas que desconhecem a nossa realidade tridimensional. Este Mundo Plano orienta-se sob rígidas crenças científicas e religiosas e vive sob um regime profundamente misógino, sectário e clerical, que rege o comportamento dos seus cidadãos.
FLATLAND”
O Mundo Plano,
De Edwin A. Abbott
Porto Editora,2016



Luís Sepúlveda (Chile, 1949)













Afmau, que significa «leal e fiel» na língua mapuche, é o nome de um filhote de pastor-alemão que, sobrevivendo à fome e ao frio da montanha, assim demonstra a sua enorme lealdade à vida. Na companhia de Aukamãn, um rapazinho mapuche, Afmau aprende a conhecer o mundo que o rodeia e a respeitar a diversidade da natureza.
Porém, nem todos pensam da mesma forma…

“HISTÓRIA DE UM CÃO CHAMADO LEAL”
De Luís Sepúlveda
Porto Editora, 2016



Karl Jaspers  (Alemanha, 1883 – 1969)

Karl Jaspers, uma das figuras mais influentes da Filosofia do século XX e um dos fundadores do Existencialismo, expôs em termos simples e numa linguagem acessível, o universo do pensamento filosófico.
Jaspers parte de realidades da vida para chegar «de cada vez, ao limite em que surgem aquelas perguntas a que nenhuma ciência responde», pois «é aí que experimentamos o espanto perante o Ser. É aí que nos interrogamos quanto ao sentido e à missão da nossa existência.» 

Os temas abordados são o cosmos e a vida, a história e a atualidade, o saber humano, a problemática do Homem, a discussão política, o Homem na política, conhecimento e juízo de valor, Psicologia e Sociologia, a esfera pública, o amor, a morte, a Filosofia no mundo.

“PEQUENA ESCOLA DO PENSAMENTO FILOSÓFICO”
de Karl Jaspers
Cavalo de Ferro, 2016



AUTORES DE NOVEMBRO



Alice Vieira (Lisboa, 1943)
“Diário de um Adolescente na Lisboa de 2010”, Texto, 2016 


 














Joaquim José é um jovem lisboeta de 14 anos em 1910. Pai republicano, avó monárquica, criada com namorado da Carbonária e aluno de um dos homens que mataram D. Carlos e D. Luís Filipe, facilmente se compreende a confusão que vai na sua cabeça. 
O seu diário é o registo bem-humorado desses dias de sobressalto que vão dar ao 5 de Outubro. 


Bob Dylan (Minnesota, USA, 1941) 
 PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2016
 “Crónicas”, Ulisseia 2012



 











Bob Dylan, 
pseudónimo de Robert Allen Zimmerman, nasceu em Duluth, no Minnesota, em 1941, no seio de uma família de proveniência russa e judaica. Começou a escrever poemas com dez anos de idade, e aprendeu sozinho a tocar piano e guitarra. No Outono de 1959 foi estudar na Universidade de Minnesota. O contacto com a grande cidade marcou-o profundamente. Foi então que começou a interessar-se pelas origens do rock and rol…

Este 1.º volume das Crónicas revela uma memória profundamente pessoal de uma época extraordinária, uma comovente descrição da vida, das pessoas e dos lugares que marcaram de forma indelével Dylan e a sua arte.


Robert Muchamore (Islington, UK, 1972)
“Coleção CHERUB” 




REPÚBLICA POPULAR

Ryan é o mais recente recruta da CHERUB. Tem apenas 12 anos, acabou a recruta há oito meses e está ainda muito verde. Foi destacado para a sua primeira missão: tornar-se amigo de Ethan Aramov, um miúdo rico e mimado que vive na Califórnia e é neto da mulher que comanda, a partir do Quirguistão, um multimilionário império internacional de crime organizado. Ryan não imagina que a sua primeira missão se vai tornar numa das mais importantes da história da CHERUB...

A CHERUB
É o braço juvenil dos serviços secretos britânicos (MI5). O grupo foi criado a partir do pressuposto de que nenhum criminoso desconfiaria de que crianças perfeitamente normais pudessem ser espiões. Porém, os membros da CHERUB, embora o pareçam, não são jovens normais, mas sim profissionais treinados com rigor – todos eles órfãos –, enviados para missões de espionagem.



John Steinbeck (Salinas, 1902 - N. Iorque, 1968)
PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1962  
“Viagens com o Charley”

 


Com uma obra literária focada sobre a América, John Steinbeck quis, aos 58 anos, redescobrir o seu país. A bordo de uma camioneta a que chamou Rocinante, tendo apenas como companhia o cão-d’água Charley, partiu numa viagem de mais de três meses do Maine à Califórnia com paragens em grandes cidades e em esplendorosas paisagens naturais, atravessando quarenta Estados norte-americanos.
Com um olhar de algum humor e muito ceticismo, tomou o pulso a um território de contrastes e desafios prementes e produziu uma reflexão crítica que alcançou um êxito estrondoso.

Uma obra mais surpreendente, onde se sente ressoar um alerta profético de uma enorme atualidade.



DATAS COMEMORATIVAS de novembro

11 - Dia Internacional da Ciência e da Paz
16 - Dia Internacional da Tolerância
16 - Dia do Mar
17 - Dia Mundial do Não Fumador
24 - Dia Nacional da Cultura Científica
      - Dia Mundial da Ciência
25 - Dia Mundial para a Eliminação da 

       Violência contra as Mulheres
 

AUTORES DE DEZEMBRO

 Afonso Cruz (Figueira da Foz, 1971)

 Numa sociedade imaginada, o materialismo controla todos os aspetos das vidas dos seus habitantes. Todas as pessoas têm números em vez de nomes, todos os alimentos são medidos com total exatidão e até os afetos são contabilizados ao grama. E, nesta sociedade, as famílias têm artistas em vez de animais de estimação. 

A protagonista desta história escolheu ter um poeta e um poeta não sai caro nem suja muito – como acontece com os pintores ou os escultores – mas pode transformar muita coisa. A vida desta menina nunca mais será igual...
Uma história sobre a importância da Poesia, da Criatividade e da Cultura nas nossas vidas, celebrando a beleza das ideias e das ações desinteressadas.

Vamos comprar um poeta (Ed. Caminho, 2016)




Elena Ferrante ( pseudónimo de escritora italiana desconhecida)


"A Amiga Genial" primeiro título de uma série de quatro, centrada em Nápoles, é a história de um encontro entre duas crianças de um bairro popular nos arredores de Nápoles e da sua amizade adolescente. Elena conhece a sua amiga na primeira classe. Provêm ambas de famílias remediadas. Lila é bravia, sagaz, corajosa nas palavras e nas acções. Tem resposta pronta para tudo e age com uma determinação que a pacata e estudiosa Elena inveja.

 O percurso de ambas separa-se quando, ao contrário de Lila, Elena continua os estudos liceais e Lila tem de lutar por si e pela sua família no bairro onde vive.
(Relógio D'Água, 2014)



Michael Ende (Alemanha, 12/11/1929 - 28/8/1995)


Quarenta anos após a sua publicação, a magia de Momo continua intacta. É a história de Momo, a menina de origens misteriosas que vive numas ruínas nos arredores de uma grande cidade. Não tem nada de seu, mas tem uma qualidade muito rara - sabe ouvir e trazer poesia e afeto às vidas daqueles que a rodeiam. Um dia, chega à cidade o exército dos senhores cinzentos, com a intenção de roubar o tempo às pessoas. A vida torna-se estéril e sem alegria, e só Momo pode salvar a população da cidade e devolver-lhe o tempo roubado. Para isso conta apenas com a ajuda de Mestre Hora e de Cassiopeia, a tartaruga que comunica escrevendo mensagens na carapaça...
Momo (Ed. Presença, 2014)
Ler excerto: http://www.presenca.pt/files//products/Exc60990223.pdf



 Nikolai Gogol (Ucrânia 31/3/1828 - Moscovo, 4/3/1852)
 

Escrita em 1842, é considerada uma obra prima da literatura russa. É a história de um pobre funcionário público que, a grandes custos, consegue comprar um novo capote e é roubado no mesmo dia em que o estreou. Segue-se então, uma via-sacra pela burocracia russa...
O capote (Ed. Assírio & Alvim, 2011)
 
Todos os livros apresentados fazem parte do Plano Nacional de Leitura



Datas Comemorativas de dezembro
01  Restauração da Independência
 Dia Mundial de Luta Contra a Sida
05   Dia Internacional do Voluntariado
10   Dia Internacional dos Direitos Humanos
18   Dia Internacional das Migrações
25   Natal


Autores 2015


OLIVER SACKS (1933 – 2015)
Nasceu em Londres, numa família de médicos e cientistas, e estudou Medicina na Universidade de Oxford. A partir de 1965 passou a exercer neurologia em Nova Iorque, sendo também Professor na Universidade desta cidade. Apaixonado por química, música, física e neurociências, tornou-se mundialmente conhecido pela sua arte de contar contos clínicos.
Sacks contribuiu para humanizar uma série de estranhas perturbações neurológicas (…) Fez os leitores perceber que por detrás da estranheza dessas manifestações, há também uma pessoa que pensa e que sente. Esse foi um feito notável conseguido por Sacks ao longo de décadas de escrita incessante”. António Damásio
Sacks escrevia com uma humanidade e uma empatia sem iguais (já para não falar da sua mestria literária e científica) sobre as patologias neurológicas mais bizarras. E tinha sempre coisas profundas e emocionantes a dizer sobre a luta dos doentes com as suas trágicas doenças, descrevendo como ninguém os mistérios do mais misterioso dos órgãos que é o cérebro humano.”
In “Público” de 31 de agosto

“Sacks elevou a história clínica ao patamar da literatura.”
Hilary Mantel

EM DESTAQUE

O que têm em comum o pintor que, em sequência de um acidente, passa a ver o mundo a preto e branco, o rapaz cujas únicas lembranças se restringem ao final dos anos 60 e o exímio cirurgião tomado por todo tipo de tiques (verbais e físicos) na vida quotidiana? Para o neurologista Oliver Sacks, esses não são apenas casos clínicos extraordinários. Antes de mais, eles dizem respeito a indivíduos cujas vidas, pressionadas por situações-limite (por vezes trágicas, em geral dramáticas), podem ajudar-nos a compreender melhor o que somos.
Em Um antropólogo em Marte, Sacks confirma a originalidade da sua prosa, já consagrada em Tempo de despertar e O homem que confundiu sua mulher com um chapéu. Uma prosa que dá ao relato clínico a dramaticidade de um verdadeiro género literário.



Ilse Losa (1913 -2006)

De origem alemã e ascendência judaica, Ilse Lieblich Losa nasceu em 1913, em Bauer, cidade próxima de Hanover. Frequentou o liceu em Osnabrük e Hildesheim e o Instituto Comercial em Hanover. Ao regressar à Alemanha, após um período em Londres tomando conta de crianças, vê-se obrigada a abandonar o país, dada a sua condição de judia. Escapa desse modo à perseguição nazi e, chegada a Portugal em 1934 (ano em que Hitler assume o poder na Alemanha), radica-se no Porto, casando com o arquiteto Arménio Losa e adquirindo a nacionalidade portuguesa.

Inicia, então, uma vasta obra escrita em português, a qual abrange romances inspirados na sua experiência de vida – como O Mundo em que Vivi, 1949, Rio sem Ponte, 1952,Sob Céus Estranhos, 1962 (vívido retrato, também, do Porto dos anos trinta e quarenta) –, além de contos, crónicas, trabalhos de índole pedagógica (Nós e a Criança, 1954) e sobretudo literatura para crianças. Traduziu, para português, autores alemães, colaborou em diversos jornais e revistas e foi também uma divulgadora da literatura portuguesa na Alemanha. Em 1984 recebeu o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra para crianças e, em 1998, o Grande Prémio de Crónica, da Associação Portuguesa de Escritores, pelo livro À Flor do Tempo (1997).
 Ilse Losa contribuiu, com os seus contos, recontos de histórias tradicionais e peças de teatro para uma nova literatura portuguesa para crianças, enveredando muitas vezes por uma via «realista», de acentuada envolvência social. Imbuiu também a ficção de dilemas morais e espírito crítico, sonho e sentido de esperança, numa escrita coloquial e despojada. Uma escrita que se abriu também ao maravilhoso, ao humor (v. Bonifácio, 1980) e a uma fantasia de cunho onírico (Viagem com Wish, 1984), sem nunca se esquivar a temas «problemáticos» como a guerra, a perseguição política e a tortura. Veja-se, a este propósito, o conto «Apesar de tudo», de A Minha Melhor História, ou ainda Silka, que é difícil não ler como uma parábola focada na questão da intolerância étnica e como uma dolorida meditação sobre o destino do povo judeu. 

EM DESTAQUE
O MUNDO EM QUE VIVI

Recensão Casa da Leitura: 

«Denso, genuíno, sóbrio, forte, dramático, emocionante, numa palavra, singular, este romance de Ilse Losa é já um clássico da literatura infanto-juvenil portuguesa. Tendo como cenário a Alemanha de Hitler, esta é uma narrativa na primeira pessoa protagonizada por Rose, uma menina judia que conta as suas vivências familiares e religiosas, dando conta também de alguns dos momentos cruciais do seu crescimento. A densidade psicológica da heroína, em especial a sua força de viver, e o realismo descritivo que marca os cenários (em muitos momentos, pontuados por elementos de índole contextual/histórica), a par das reconhecíveis marcas de autobiografismo (romanceado), não deixam que o leitor abandone a leitura deste livro, publicado pela primeira vez em 1943. »



Prémio José Saramago 2015

Bruno Vieira Amaral 

Nasceu em 1978. Formado em História Moderna e Contemporânea pelo ISCTE, é crítico literário, tradutor, e autor do Guia Para 50 Personagens da Ficção Portuguesa e do blogue Circo da Lama. Colaborou no DN Jovem, revista Atlântico e Jornal i. Atualmente colabora com a revista Ler e é assessor de comunicação das editoras do Grupo Bertrand Círculo. 

As Primeiras Coisas é o seu primeiro romance.

Prémio Literário José Saramago 2015
Prémio Literário Fernando Namora 2013
Prémio PEN Clube Narrativa 2013
Livro do Ano 2013 | Revista Time Out
Prémio Novos 2013 | Categoria Literatura 




Prémio José Saramago 2013



ONDJAKI

O poeta e escritor africano Ndalu de Almeida, conhecido como Ondjaki, nasceu na cidade de Luanda, em 1977. Estudou em Luanda e concluiu a licenciatura em sociologia em Lisboa. Fez o doutoramento em "estudos africanos" (Itália, 2010).
Depois de estudar por seis meses em Nova Iorque, na Universidade de Columbia, filmou com Kiluanje Liberdade o documentário “Oxalá cresçam pitangas - histórias da Luanda”.
As suas obras foram traduzidas para francês, inglês, alemão, italiano, espanhol e chinês.

Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco (2007), pelo seu livro Os da Minha Rua.
Prémio Grinzane (2008, na Etiópia): melhor escritor africano.
Prémio Jabuti, (2010, no Brasil) na categoria Juvenil, com o romance Avó Dezanove e o Segredo do Soviético.
Prémio Literário José Saramago (2013) pelo seu romance Os Transparentes.



 Cristina Carvalho



Nasceu em Lisboa, a 10 de novembro de 1949 filha da escritora Natália Nunes e do professor e poeta Rómulo de Carvalho./António Gedeão. Durante a sua atividade profissional, contactou com milhares de pessoas e visitou inúmeros países sendo a Escandinávia e o Oeste português as regiões que mais influência exercem sobre a sua personalidadePublicou oito livros, seis dos quais constam das listas do PNL.










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